sexta-feira, janeiro 15

Ventos e Ventos


Ah! Os ventos da manhã... Quão alegres e quão doces podem ser ao anunciar as novas do dia!
Ventos distintos, ventos tontos, ventos rasos e ventos que nem ventam como deveriam ventar. Ventos espertos, ventos novos, ventos raros e ventos que mal posso almejar. Ventos fortes, ventos leves, ventos grossos e ventos que tudo destroem.
Há ventos e ventos, que de longe ostentam a grande ilusão de ser um dia um pouco mais que simples ventos. Ainda que sejam mais que ventos simples.
Pois de vento em vento o vento passa. Passam as brisas e ventanias, furacões e às vezes quase nem vento passa, mas a verdade é que escondidos por trás dos nomes, todos são ventos.
E tão intrigante é o vento da noite, deixando mistérios no ar de quem o sente, que mal pode ser definido em seu pleno delírio.
Antes o vento da tarde, que deixa os afazeres da manhã e vem dar força para o resto do dia. E quando não vem esse vento... Ora, que fazer? É que às vezes o vento da manhã é tão sábio que não precisa mesmo dos ventos da tarde.

E é por isso que suspiro: Ah! Os ventos da manhã...

Nenhum comentário:

Postar um comentário