Era dia de Halloween, eu
tinha cerca de nove anos. Nessa época eu estudava na Escola Aplicação e, se me
lembro bem, estava na 3ª serie. Fomos com o ônibus do colégio para uma festa de
Halloween. Estávamos todos fantasiados
de bruxas, monstros, diabos, fantasmas, caveiras, e por aí vai. A festa também
era incrível! Não me lembro o bairro ou nome do local, mas estava decorado por
todos os lados, havia muitas fantasias para trocarmos, acessórios, maquiagem,
comida e músicas. Havia também um cômodo, uma espécie de quarto do terror,
onde, de dois em dois, nós entrávamos para levarmos sustos que nos faziam sair
correndo do lugar. Eu e uma amiga nos arriscamos a entrar. Meio nervosas,
olhamos em volta e estava tudo à meia luz. Um colchão em pé no canto, alguns moves
espalhados... Nada mais. Der repente, do nada, aparece um homem correndo atrás
de nós. Não pensamos duas vezes, fomos embora gritando. Depois do susto, risadas.
Adorávamos adrenalina. E, por isso, resolvemos entrar lá de novo, dessa vez
para pregar uma peça no tal “monstro”.
Enquanto esperávamos a nossa vez, combinávamos todo um plano: silêncio
absoluto, sem risadas, sem pisões no chão, sem muitos movimentos, nos
esconderíamos atrás do colchão antes que o homem saísse do seu esconderijo para
nos assustar. Tínhamos que ser mais rápidas. Agora ele seria a vítima. Sem que
ele nos visse, observamos a sua reação de confusão quando se preparou para dar
mais um susto e percebeu que não havia ninguém ali. Era a hora. Pulamos na
frente do colchão ao mesmo tempo em que gritávamos algum barulho assustador.
Vitória. O mesmo dia da caça, pode ser o do caçador.
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